terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Mineira na praia - mas não em férias - 2






Parece um pouco surreal. Ainda mais com aquela lua cheia que estava nascendo no mar. Tirei uma foto de dentro do táxi – o que me fez atrasar mais e por pouco não perdi o vôo.

Uma pequena quantidade de roupa. O suficiente para um fim de semana. Em BH. Que BH que nada. Em um casulo. Casulo de noite e de dia. Precisa mais nada não. O resto é o vento e o sol batendo no rosto quando raro desencasula. Mesmo assim, bem perto.

Descobri que duas rodas é bem melhor. Só não é mais que chão. Se bem que eu acho que vale todos os estratos, veículos e espaço. No chão, sobre rodas, no ar. Na cama, na rede, na sala de estar. O importante mesmo é estar lá, sideral...

Divaga, vaga, para e volta. O telefone que toca traz à tona o presente. Já me derreti de calor. Já andei apressada por causa do horário. Já tomei um cano de um carioca
exxxperto. Já tomei uma cerveja antes do almoço. Já comprei mais alguns CD’s dos Beatles para a coleção. Já encontrei a terapeuta que estou precisando; para ver se consigo guardar tudo isso dentro da cachola. E ainda tenho que lembrar de passar ali na praia para fazer a oferenda à Janaína. Porque, já que estou de volta, é melhor não descuidar.

Iemanjá, Odó Iyá. O dia é seu. O interesse em celebrar é todo meu, pra ver se a cor fica de casulo até borboleta.



imagem: aquela, de dentro do taxi

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