sexta-feira, 27 de maio de 2011

Quase sem palavras

E lá estava parada com a mãozinha esticada, apontando para o alto, em frente a arvore. Não falava a boca e sim os olhos que miravam fixamente o pé de araçá. Perguntei o que queria. Insistiu em apontar pro alto. Dei a volta na sacada, fui até ela e me agachei para olhar também, tentando, em vão, me nivelar a ela para decifrar o mistério. Era um cacho cheio de frutos. Eu disse, Ah, a frutinha, mas está muito alto, querida... Imediatamente respondeu, Vovô!

Claro. Como eu podia ser boba assim. Quase sem palavras disse o que queria e a solução que precisava. Sábia, Olivia. Não tem nem dois anos e já economiza mal entendidos...

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